quinta-feira, 10 de março de 2011

Duas semanas e meia

Serra da Estrela - Fev. 2011

Pois é! Comecei este novo regime há duas semanas e meia. Perdi 5 kg. Estou satisfeita? Estou. Estou controlada? Não. É isto que quero? Não sei.

Para quem me vai seguindo, sabe que isto não é uma batalha de agora. Nem vai acabar agora. É uma guerra para a vida. Estou a seguir o regime da Dieta de South Beach. Idealizada, testada e comprovada por um cardiologista, em conjunto com outros especialistas. Uma amiga emprestou-me o livro e pesquisei também na net.

A realidade é esta. Se fizermos a dieta perdemos peso. Mesmo. Sem grandes dramas, principalmente sem grandes sacrifícios. É a cabeça. Só a cabeça. Desta vez deu-me o click e avancei. Logo no primeiro fim-de-semana fui à Serra da Estrela. Almoço no Museu do Pão (recomendo a todos os apreciadores da boa comida… mas vão cedo e não tomem grande pequeno almoço!). Confesso que fiquei muito satisfeita. Apesar de passar todo o tempo fora de casa, o meu único deslize foi só mesmo nesse almoço. De resto correu lindamente.

O fim-de-semana passado tudo se tornou mais negro. Quatro dias em casa. É o terror de qualquer dieta! Quando estou a trabalhar consigo controlar à migalha aquilo que como. Só me permito comer o que trago de casa e nada mais. Agora 96 horas em “casa” pode ser um pesadelo nesta altura do campeonato. E foi. Não engordei, claro! Mas o meu peso estabilizou…
Entretanto acabei de ler o livro. E fiquei muito apreensiva. Porque me conheço. Porque sei como sou. Em várias experiências de sucesso ali relatadas, pacientes que perderam os mais variados pesos, dizem, com bastante orgulho (como é natural!) que nos últimos anos nunca mais voltaram a comer uma batata. Ou uma fatia de pão. Ou arroz. Ou massa. Ok… eu quero emagrecer, quero viver mais leve e saudável. Mas… para manter o peso, depois do sacrifício tremendo que é perdê-lo, o sacrifício mantém-se a vida toda? Eu sei, como é evidente, que se não quero voltar ao mesmo, não posso fazer as mesmas coisas! Evidente! Mas NUNCA mais comer? Para mim, a menos que envolva uma questão de sobrevivência, penso que estará fora de questão. Arranjar o equilíbrio vai ser fundamental. Se comer uma batata hoje, se calhar vou esperar 2 ou 3 dias para comer uma dose de arroz. Vou tentar pensar assim, para achar que vale a pena.

É que viver magra (ou menos gorda!), mas sentir-me miseravelmente, não faz parte dos meus planos! Por isso, não sei como, mas vou arranjar um equilíbrio. Vou ter que arranjar. Ontem deu-me um ataque desesperado de fome de fim de dia, como já não acontecia desde o início da dieta. Fiz seguramente alguma coisa mal. Alguma coisa disparou o índice de glicemia do meu sangue. Fiquei desesperada. Penso que é aqui que está o truque desta segunda fase. Perceber que tipo de alimentos é que nos faz mal. A cada um como indivíduo. A minha receita, não será a da vizinha, pelo motivo óbvio de não termos o mesmo corpo. Além disso, se as coisas descarrilarem muito, há sempre a possibilidade de voltar à primeira fase. Limpar tudo outra vez. Pôr o sangue na tábua rasa, sem perigos. E começar de novo.

Para já estou com medo de falhar… apesar do esforço!

Até já!

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